"Se, por um lado, a simples justaposição de imagens nos convida a criar associações entre elas, por outro, a legenda que as acompanha vem testemunhar a própria possibilidade de atribuição de sentido(s) à narrativa visual, os quais não estão explicitados nas imagens, convidando assim o espectador a uma acção interpretativa. O convite a um certo jogo de sentidos (…) é visivelmente reforçado pelo facto de o fotógrafo introduzir um intervalo entre as duas imagens, assumido pelo próprio como estímulo ao preenchimento com a imaginação desse espaço deixado em aberto."
Helena Pires & Teresa Mora
(Paisagens urbanas e fotografia: (não) lugares, imagens e ancoragem — artigo)
"Poderá dizer-se que em Broken Strangers (Places), à maneira de Georg Simmel, é ilustrada a “dupla cisão” própria da “tragédia da cultura moderna”: a perda de sentido de uma unidade que reenvia para a ideia de natureza, por um lado, e a alienação a que cada indivíduo se encontra destinado, manifesta no seu isolamento no espaço público e, em particular, no meio da “multidão”, consequente ao fenómeno da urbanização, por outro."
Helena Pires & Teresa Mora
(Paisagens urbanas e fotografia: (não) lugares, imagens e ancoragem — artigo)

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